O projeto vai nascer em Lagos, no Algarve, onde Didi reside com a mulher e os três filhos. Esta "Família Bitcoin" instalou-se em Portugal depois de trocar tudo o que tinham por criptomoedas em 2017.
Se o “ambiente, a comida e as pessoas” pesaram na hora de se instalar por cá, o regime fiscal favorável em termos de criptomoedas foi decisivo. Portugal “tem os ingredientes perfeitos para ser o país da bitcoin”, uma vez que não taxa moeda digital.
O holandês assumiu mesmo estar a mudar a sua base de investimento para solo nacional. “O nosso plano é fazermos do País o lugar número um do mundo para quem quiser trabalhar com bitcoin. E se Portugal for inteligente, deixará isto acontecer”, afirma.
Taihuttu revelou conhecer “muitos ‘players’ do mercado bitcoin que estão em Portugal por causa das políticas fiscais amigáveis“ — e também do “clima”, claro — pelo que desafia o Governo a “criar uma economia que aceite a bitcoin”. Seguindo esse caminho, “no futuro, poderá ser um dos países mais ricos.”
A vida é fácil em Portugal, de acordo com Taihuttu, que diz que o Algarve oferece as vantagens de Los Angeles – um clima quente e ótimas ondas – mas sem os engarrafamentos e confusão, Portugal “tem muitos estrangeiros, pessoas de várias nacionalidades. É simplesmente o paraíso”, refere.
Este "Bitcoiner" diz que conhece pelo menos três bilionários investidores em bitcoin que moram nas proximidades – além de outras 12 pessoas, pelo menos, principalmente do Reino Unido, que se mudarão para Portugal nos próximos meses sobretudo pelos benefícios fiscais de criptomoedas.
Apesar de não falar português, Taihuttu diz que isso não é problema, porque todas as pessoas falam inglês. Ele também está cercado por muitos investidores de criptomoedas com ideias semelhantes.
“Aqui todos têm bitcoin e conhecem bem este ecosistema das criptomoedas”, disse.
Mas, Em defesa dos seus interesses financeiros, deixou o alerta: “se o Governo começar a taxar a moeda digital, vão expulsar os ‘players’ da bitcoin e vão parar o seu crescimento financeiro”.
Taihuttu disse, em entrevista à CNBC que o plano para a Criptoaldeia é administrar a comunidade de forma descentralizada, na qual a terra é dividida por metro quadrado e vendida como tokens não fungíveis, ou NFTs. Também pretende minerar bitcoin com energia solar e eólica e depois usar o calor produzido pelas plataformas para aquecer as casas no inverno, numa espécie de sistema de circuito fechado.
O plano de trabalho, por enquanto, passa por usar uma organização autônoma descentralizada, ou DAO (executados na tecologia Blockchain), para governar a comunidade.
“Queremos construir um estilo de vida descentralizado, que é o futuro”, disse ele.
Autossustentável, o novo empreendimento irá começar com 25 casas. O objetivo é que as “pessoas com ‘mindset bitcoin’” possam aí viver e também “educar as crianças portuguesas, preparando-as para terem mais conhecimentos em temas como ‘blockchain’ e cripto”, avançou. No momento, encontra-se “a negociar vários terrenos, mas o problema é que em Portugal isto é muito burocrático”, concluiu.
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